O assassinato do funcionário da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Augusto Spasiuk, de 51 anos, encontrado morto dentro de casa na Rua Euzébio da Motta, no Bairro da Ronda, no dia 10 de setembro, foi elucidado pela Polícia Civil. No momento do cumprimento do mandado de prisão temporária, expedido pelo Judiciário, na casa de Felipe Brayan Abreu, 18 anos, os policiais também encontraram cerca de 250 gramas maconha e mais de 200 pedras de crack, escondidos no guarda-roupas do rapaz, que é o acusado do latrocínio de Augusto. Também foram apreendidos rádios comunicadores e vários celulares. Por conta da droga, ele também foi autuado em flagrante por tráfico de entorpecentes e está recolhido ao Mini Presídio Hildebrando de Souza.
O delegado Marcus Vinícius Sebastião, que efetuou o flagrante por tráfico, conta que Felipe confessou o crime, mas alegou vingança contra a vítima, que supostamente assediava seu irmão, de 11 anos. “Mas ele já é uma figura conhecida da polícia, ainda adolescente cumpriu pena no Centro de Sócio-Educação (Cense) por homicídio, e o cenário do crime comprova que foram levados o carro e outros objetos da vítima, o que caracteriza o latrocínio”, completa. Marcus ainda acrescenta sobre a frieza do rapaz, ao relatar o crime. “Ele fala como se fosse normal, que esfaqueou a vítima até que a faca entortasse e esperou para ver se realmente Augusto estava morto, em seguida fugiu e queimou as roupas que usava no momento do crime”, descreve. Familiares de Felipe também foram interrogados ontem.
De acordo com a delegada Tânia Sviercoski Pinto, que presidiu as investigações sobre a morte de Augusto, há indícios de que Felipe não agiu sozinho. “As investigações apontam a participação de mais dois menores no assassinato e roubo, já que eles levaram o carro, celular, eletrodomésticos e computador da vítima”. Segundo ela, o inquérito segue ao Ministério Público e ao Judiciário, mas Felipe pode ser condenado de 20 a 30 anos, pelo crime de latrocínio, roubo seguido de morte, e de cinco a 15 anos para o crime de tráfico de drogas.
Fonte: DCmais
PONTE PRETA/SP
